quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entre tapas e tapas e quem sabe algum beijo.

Vou revelar um segredo
Que começa nos olhos
E acaba num beijo
Quem tem a faca e o queijo
Numa relação
É sempre aquele
Que pelo vestido sobe a mão
A mulher finge que escolhe
Mas na verdade é a escolhida
Hoje objeto de desejo
Amanhã não mais a preterida
E aí a esperança vira ferida doida
Como tatuagem ou carne viva
A lagrima cai, a dor se arrasta
A solidão se alastra de um jeito
Que o paraíso ficou imperfeito
Mas até que do nada surge
Aquele que te ilude
Aquele que te apresenta a total diferença
Vinda dum sorriso perfeito
Parece que num tem defeito
Mas na verdade tem.
Derrama outra lagrima
Afoga a derrota na cama
Diz pra todos: Ninguém me ama
De tudo reclama, com tudo faz drama
E no meio da chama volta a sorrir contente
Entre tapas e tapas crer que nada será diferente
Porem no meio do turbilhão
Um único beijo o deixa crente.

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