quarta-feira, 26 de maio de 2010

Carta para meu afilhado.



Hoje você me emocionou. Na verdade já tem um tempo que venho observando o seu crescimento e o mesmo, ao poucos, vem me tocando suavemente. Olhando as suas fotos vi o quanto está grande. É o meu bebe está um homenzinho formado e pelo que sei, cheio de personalidade.
Uma das fotos que mais me chamou a atenção foi a sua bebendo refrigerante. É, acho que não vai lembrar, mas seu primeiro guaraná fui eu que te dei, assim como com você dormindo em meus braços eu pude sentir essa maravilha que é ser mãe.
Oi madrinha. Desse jeito simples e doce tu me chamaste e aí veio o peso da palavra: MADRINHA. Mãe consagrada em Nossa Senhora. Palavra forte, sinônimo de mãe e aí me pergunto: será que eu, nas mazelas da vida, conseguirei cuidar de ti? Eu, que não tenho emprego, nem diploma nem nada, conseguiremos te dar algum exemplo, te passar algum ensinamento nessa vida? Tenho medo de falhar mais ainda nessa minha missão porem espero que Jamais me culpe por essa distancia. Não sou quem quis assim.
Como cresceu. Nem parece o meu garotinho que com todo amor carreguei no colo. Acho que mal consigo te segurar. E como falas hein? Verdadeiramente meu afilhado. Uma fala enrolada, atropelada, bem típica da idade, mas que já consegue se comunicar com o mundo perfeitamente e pode falar meu garoto. Prometo tentar desvendar suas palavras.
E então, o que acha de nos fazermos um trato? Espera eu começar a ganhar a dinheiro, a trabalhar para você poder crescer, pois agora infelizmente eu não posso te dar nada além do que tudo que está no meu coração, mas pra mim isso é pouco, não me basta. Quero ter como ir ao seu encontro, te segurar no colo, rolar no tapete da sala, te fazer cafuné e aprender contigo a doçura de ser criança outra vez.

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