sábado, 18 de dezembro de 2010

Me despindo e me despedindo.



Chegou à difícil hora de dizer tchau. Sabia que esse momento iria acontecer porem, não imaginava que seria tão cedo. Como já disse várias vezes – esse blog criou vida própria e o mesmo decidiu que já era a sua hora de parar.
Deixei-o de lado e fui fazer minhas descobertas interiores. Descobri-me tanto e de uma maneira tão profunda, que continuar com esse post seria não evoluir, não criar asas, ficar presa sempre aos mesmos dilemas. Nessas linhas vivi coisas intensas, me apaixonei platonicamente, viajei nas poesias e nas musicas. Fui santa e devassa sem o menor pudor. Expus as verdades e também as doces mentiras.
Pra quem acha que o Com o pensamento se vai longe começou a pouco mais dois anos, está enganado. Esse blog nasceu junto com o meu livro, exatamente há dez anos, porem, graças aos contratempos da vida, os dois foram lançados juntinhos, um acompanhando o crescimento do outro. O livro poucos conhecem, mas o blog rompeu fronteiras e barreiras.
Amo escrever. Na verdade, tenho verdadeira compulsão pelas palavras. Se eu não fosse essa pseudo escritora, não seria mais nada na vida, e, por conta disso, que mesmo encerrando esse capítulo, as minhas palavras estarão presentes em outras aventuras, em novos c aminhos.
Já sei ao certo o que e onde vou escrever, contudo preciso me despir dessa fantasia de adolescente, enxergar as rispidez do mundo e seguir em frente. Fácil não será. Será necessário.
A todos aqueles que embarcaram comigo nesses dois anos e meio, meu muito obrigada. Agradeço de coração a paciência com as minhas palavras, com os meus desejos, com as minhas idéias de querer mudar o mundo ou amar loucamente. Cada leitor foi também um colaborador, fazendo comentários, criticando, elogiando ou simplesmente lendo.
A gente ainda se encontra por aí, em qualquer esquina, em qualquer botequim, em qual gafieira.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Homenagem a um professor.


Essa história começou em 1995 quando eu tinha somente 8 anos. Sempre fui uma criança hiperativa, não muito chegada nos estudos, mas viciada em brincadeiras. Desde cedo admirava a jogadora Hortência e sonhava um dia em ser como ela. Levando em consideração esses fatores e o fato de ser alta para minha idade, entrei na escolinha de basquete, e foi lá que conheci o professor que me motivou a escrever tal texto.
Seu nome era Marcelo e não sei, mas imagino que deveria ter por volta dos seus 20 anos. Alto, magro e com cabelos cacheados, o que me chamava à atenção, era o fato de conseguir ter controle sobre uma turma enorme de crianças. Sua paciência e disciplina despertou na galerinha uma paixão sem limites por garrafões, coletivos e vinte e um (não sei como ainda me lembro desses nomes).
Não sei ao certo por quanto tempo dei meus arremessos, porem, de uma hora pra outra, larguei as quadras para aprender a nadar, deixando de lado meu desejo em ser famosa (ok, hoje não daria mesmo) e claro, meu querido e fofo professor.
Dei minhas braçadas, joguei futebol um tempo, entrei varias vezes na academia até descobrir que detestava esportes, e, nesse longo tempo, sempre me perguntava por onde andaria aquele professor, até que num belo dia, sentada em um bar com umas amigas, vi o dono da escolinha de basquete e perguntei para ele sobre o Marcelo. Ele disse-me que o mesmo tinha largado o esporte e partido para a musica. Fiquei contente, foi bom ter informações dele.
Carnaval desse ano. Resolvo ir até o Café da Rua 8 curtir um sambinha. Em meio à alegria, cerveja e muita batucada, vejo de longe alguém que tinha certeza que conhecia. Na mesma hora pensei- putz é ele, mas do nada veio a duvida e me perguntei: e se não for ele ou pior e se for e o mesmo não me reconhecer? Como sou muito cara de pau, cheguei junto e perguntei se chamava Marcelo. Ele disse que sim, e aí falei que tinha sido sua aluna há muitos anos, mas acho que não se lembrava de mim. Ele me olhou e falou meu nome (uia fiquei com medo, afinal santa eu não era). Conversamos amenidades e me deu seu e-mail. Prometi que escreveria, mas deixei pra lá.
Meses depois, numa noite regada a Coca-cola, quem encontro? Resposta retórica né? Levantei e fui cumprimentá-lo. Estava com um amigo e me apresentou como sua ex aluninha (a aluninha cresceu e virou mulher ok?). Não sei se por sorte ou azar, sentou-se numa mesa atrás da minha e bem frente pra mim. Nossa não resisti e fiquei encarando-o a noite toda. Percebi até que ele ficou sem graça com minhas olhadas, mas e eu lá tenho culpa se ele está um gato?
O legal então foi poder te tido a chance de rever um dos grandes professores que tive na infância. Um cara bacana e legal, que sempre se preocupou com a nossa formação. Um dos muitos professores que passaram pela minha vida e deixaram saudades e que certamente ficaram guardados eternamente num lugarzinho muito especial.
Feliz Dia do Professor, Marcelo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um Ano Depois...



Olho no espelho
Estou diferente
Quem era eu naquele avião
E quem sou eu nessa confusão?
Será que chorei?
Será que errei?
Será que amei?
Concurso eu passei
Passei a virada
Com amigos bebendo
E dentro de mim
O mal ia morrendo
Voltei a me cuidar
O espelho reflete
Uma linda mulher
Que hoje ainda ERRA
Mas sabe o que quer.

Perdi uma amiga
Reencontrei uma irmã
Mantive os pés no chão
Foi necessário ser sã
Conheci outros traços
Recebi vários abraços
Rapidamente me apaixonei
Amores não tive
Mas um reencontrei
Continuo estudando
Agora faço inglês
Voltei a comer como louca
Mais uma vez.

Mudei o cabelo
Afinei o caminhar
E quando me deito
Já consigo sonhar
Porem me arrepio
Ao lembrar do abandono
De ter procurado um dono
Do outro lado do mapa
A capa de boa moça voltei a vestir
E fiz uma promessa
De não mais me iludir.

Peguei outro vôo
Cheguei ao Rio
Fui tomar banho de mar
Pois não puder me banhar no rio
Participei de campanha
Tive alegria tamanhas
Estou voltando a dançar
Balada? Quem sabe estarei lá
Será que ainda choro?
Será que ainda grito?
O que tá engasgado agora eu vomito
Vomito a dor, que sinto em escrever
Que tenho que relembrar
Que há um ano fui jogada pro ar
Que por mais que eu tente
Não consigo ficar só
O trauma passou
A raiva passou
Passou a vergonha
E a desilusão
Só não passou o trauma que tenho
Da pior solidão.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O blog hoje assume sua voz de protesto.



Começo esse texto, contrariando todas as questões de concurso, com a seguinte pergunta: O Brasil que temos é o Brasil que queremos?
Não, não me responda agora, pode pensar com carinho, eu deixo ainda mais quem não mora em Brasília. Minha resposta é curta e certa, principalmente depois, baseada no caos político que o meu distrito vive as vésperas da maior festa da democracia.
Quem acompanha o noticiário ou as rodas de boteco, deve saber da controvérsia em cima da Lei da Ficha Limpa, principalmente no que deve ou não ser feito e se a mesma deve ser ou não aplicada nesse pleito. Eu, como estudante de concurso e depois da leitura de alguns incisos da Constituição, dou a minha humilde opinião no que tange a construção dessa Lei. Pra mim, o erro não está ou não em aplicá-la, mas sim em não terem observado seu prazo de vigência e acabar nessa palhaçada que certamente beneficiara mais uma vez os políticos profissionais.
Se eu fosse deixar aflorar meu lado esquerdista, confesso que a situação estaria muito pior, afinal, a minha bandeira vai alem do que 11 Ministros podem ou não julgar. A minha bandeira é contra a sujeira sem fim no Bicameral ismo Federal e a favor daqueles que desejam mostrar serviço ético e probo pelo menos uma vez. Se 11 têm o poder de decidir por mim, eu, ao certo teria o poder de decidir por milhões, mas infelizmente, na atual conjuntura, desejo abandonar o barco. Triste para quem há cinco anos dedica parte da sua jornada na melhora de uma nação. Excelente para aqueles que transformam um palanque no jardim da sua casa e a urna eletrônica no seu vídeo game.
Pode parecer fraqueza, mas chega num ponto que não dá para remar só contra uma maré cheia. Antes eu me preocupava com o Brasil que iria deixar para os meus filhos, porem, nesse exato momento, minha preocupação é mostrar a eles que apesar de existir gente desonesta, um dia a honestidade reinará e o principal, incentivá-los a lutar pelo que acreditam incentivo esse que me faltou, mas que soube transpor e ir até o fim, ou quase.
Pra quem está desacreditado como eu, sugiro então que no dia 3 de outubro, saia, pegue um sol, bata um papo com os amigos, almoce com a família num bom restaurante e ser der tempo, dê uma chegada rápida até a sua sessão eleitoral e aperte confirma. Ou se não, arrume uma viagem e justifique seu voto. Eu recebi uma proposta maravilhosa de ir passar o fim de semana no interior. Talvez minha forma de protesto seja essa.
Hipocrisia da minha parte, uma jovem que vem das lutas de classe ter esse pensamento né? Pode até ser, mas enquanto a Lei da Ficha limpa não é aplicada, vou limpar a minha consciência de tomar uma decisão errada e aí, no próximo pleito, de acordo com o art. 16 da Constituição, eu volte a ter a mesma visão que tinha antes de adentrar obrigatoriamente na (in)justiça brasileira.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Inicie a rotina amando.



Resolvi começar a semana flutuando pelos ares e pra mim nada melhor do que amar. Pode ser um amor curto, breve, sem compromisso, mas que seja simplesmente Amor. Então é isso......

Mensagem De Amor

Os livros na estante já não tem mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que eu sei
Nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
A noite eu me deito,
Então escuto a mensagem no ar
Tambores rufando
Eu já não tenho nada pra te dar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
No céu estrelado eu me perco
Com os pés na terra
Vagando entre os astros
Nada me move nem me faz parar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O dia em que me senti uma tia.



Sábado, depois de um dia intenso de trabalho e de uma semana que demorou a passar, fui a uma festinha de aniversario da filha de uma conhecida. Sabe como é essas festas regadas a musica alta, garotada se divertindo, uma pista de dança enorme, luzes coloridas e tudo o que a juventude gosta.

Chegando lá fui diretamente à mesa de guloseimas, escolher dentre todas, a mais açucarada para poder aguçar meu paladar ávido por qualquer coisa que fugisse da minha alimentação controlada. Em seguida, juntei-me aos meus amigos, todos na casa dos 30 anos e nos pusemos a conversar amenidades enquanto a pista de dança começava a encher. Confesso: meus olhos estavam na conversa, mas meus ouvidos, na musica e aí, como eu adoro musica.

Lá pelas tantas um desses amigos teve a feliz idéia de ir para a pista mexer o esqueleto e eu, como não sou boba nem nada fui atrás, e atrás de mim o restante. Estávamos crentes da nossa performance quando de repente olhamos em volta e vimos os olhares espantados da aniversariante e de seus amigos, todos na faixa etária dos 13 aos 15 anos e me dei conta do papelão ao qual estávamos nos submetendo. A gente simplesmente estava pagando o maior mico na frente da garotada, mico esse que muitos, na concepção dos meus 13 anos pagaram também, só porque queriam ser jovens e se divertir, nem que fosse dançando até o chão.

Dos meus amigos eu sou a mais nova então, esse conceito de ser velho ou novo, fica muito relativizado porem, eu sei que se não escutar as mesmas musicas não usar o mesmo vocábulo, não tiver o mesmo corte de cabelo, não vestir as mesmas roupas, sou considerada velha, antiquada e porque não, ridícula mesmo tendo só 10 anos a mais que a maioria deles.

Mas bem, depois que a mãe da aniversariante dançou funk até o chão e entrou na onda da rodinha, minhas crises existenciais quanto a ser uma tia podem ser amenizada, afinal, ainda tenho muitas festas a curtir, muitas baladas sensacionais, mas claro, voltadas para maiores de 25 anos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

2 anos de blog.



O blog nesse mês está fazendo dois anos e com algumas mudanças e novidades, a começar claro, pelo designer, pois assim como adoro mudar a cor do meu cabelo, o meu corte e as minhas roupas, também gosto de fazer isso com o blog, que na sua plenitude, não posso chamar só de meu.

Seria egoísmo da minha parte fazer isso, afinal, se não fosse muitas pessoas, vários desses textos não teriam sido escritos e aí, esse diário virtual, não teria a mesma cara, o mesmo jeitinho único e autentico.

Ao longo desses dois anos, divaguei sobre amores, dores, viagem, loucuras, desejos insanos, busca por uma liberdade, alto conhecimento e reflexões. Chorei muito, ofereci musicas para mim mesma e lógico, também dei gostosas e tenras gargalhadas. Homenageei muita gente, assim como me despedi de algumas através dessas linhas. Lamentei a ausência e comemorei vários retornos, como também coloquei rostinhos de pessoas queridas a mostra, para quem entrar possa conhecer um pouco mais do que e de quem me cerca.

Antes não me preocupava com a opinião dos outros a respeito do blog e sendo franca de verdade, isso, numa escala de zero a dez tem valor três para mim, porem, meus textos caíram nos olhos do povo e então me veio o desejo de ter um pouquinho de cuidado com as minhas palavras, mas só um pouquinho, pois senão eu perco a minha identidade, fazendo mais um Diário como tantos outros que existem por aí.

Cada vez que me pego postando, deixo a mostra muito mais da minha alma e da minha essência e sim, vou admirando meu crescimento como pessoa. Se eu for voltar ao primeiro texto aqui escrito, vou enxergar uma Luciana diferente da que está agora, na frente do computador. A mesma, mas em momentos diferentes.

Então é isso........ Que venha mais um aniversario pra gente continuar se encontrando aqui, trocando experiências, momentos, duvidas fofocas, dicas de viagem e tudo o mais o que o pensamento permitir.


‘’Meu caminho é cada manhã
Não procure saber onde estou
Meu destino não é de ninguém
E eu não deixo os meus passos no chão
Se você não entende não vê
Se não me vê não entende

Não procure saber onde estou
Se o meu jeito te surpreende
Se o meu corpo virasse sol
Se a minha mente virasse sol
Mas só chove, chove
Chove, chove

Se um dia eu pudesse ver
Meu passado inteiro
E fizesse parar de chover
Nos primeiros erros
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove, chove
Chove, chove.

Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria
Mas só chove, chove
Chove, chove
Meu corpo viraria sol
Minha mente viraria sol
Mas só chove, chove
Chove, chove.’’

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A vida vai ensinando....



Parei de acreditar em certas coisas. Quando se é pequeno, a gente acredita em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e Bicho Papão. Aí entramos na adolescência e passamos a acreditar que casaremos com o nosso primeiro amor e que sexo está ligado a emoção. Crescemos um pouquinho mais e ficamos temerosos com a prova de vestibular. Por fim, chegamos à fase adulta e não importa seé no inicio ou mesmo no meio porem, na fase onde moram todas as soluções, também mora os problemas. Nessa época da vida é que deixamos de acreditar em amores impossíveis ou platônicos e começamos a ver que a praticidade é a mãe de todas as coisas e não a paixão.

Ah quem diga que meu coração está gélido. Discordo plenamente, porem, ao longo de sucessivas derrotas no quesito amoroso da coisa, dei por mim que só se deve abrir o coração quando realmente tem certeza da reciprocidade. Caso contrario, é tempo perdido e estratégia furada. Passei por isso e sei bem o que estou escrevendo.

Chega uma hora critica, a da decisão. Explico com calma: você está saindo com aquele partido, mas de uma hora pra outra ele some. Aí você vai lá e liga. Ou ele te trata como amiga ou com todo carinho do mundo. Caso seja a primeira opção diga a ele que amigos você tem demais. Se for a segunda, muito bom, até completar um mês saindo juntos. Passou disso e ele não te assumiu? Caia fora, afinal, na pior das hipóteses, é melhor ficar só do que com um empata fila.

Particularmente, eu detesto os dois tipos anteriormente citados. Como sou franca e direta gosto dos que vão direto ao ponto, mas com uma observação, sem papinhos tolos, tais como: ´´ O problema é comigo. ´´ ou ´´ Você é muito pra mim. ´´ Menos viu? Se for pra dar um fim que diga: Olha, adoro a sua companhia, mas percebi que entre nos não rolou a química esperada. Simples, curto e objetivo. Será que é tão difícil? Pra eles, com certeza é. Mas a boa noticia é que existem homens assim e um deles tenho certeza que vai ler esse texto.

A arte de ficar mais velha não é só passar maquiagem para disfarçar as imperfeições na cútis. É se olhar no espelho e ver o que cada ruguinha, cada pé de galinha, cada olheira marcada representam na sua trajetória de vida. É tentar recordar quando foi a ultima vez que sua escova foi detonada- seja por um bom puxão de cabelo, ou seja, por uma ida ao motel. É saber se as unhas fracas, a cara baixa e o olhar sem brilho têm ou não motivo justificável e não só deprê por causa de algum miserável. É fazer enfim, um reconhecimento. Quando paro na frente do meu, sei exatamente o que cada coisa fora do lugar representa. Algumas marcas de espinhas foram deixadas após ter marcado um encontro e não poder ir feia. As olheiras acentuaram-se com as noites em claro chorando por mais uma vez ter sido enganada e por aí vamos.

Cada mulher sabe a maravilha de ser o que é independente de ter ou não companhia para passar o próximo domingo, só que, além disso, é saber que amores não são pra sempre, como as amizades também não. É enxergar a sua forma ou maneira de demonstrar ao mais novo pretendente o quanto o mesmo é especial pra você. A minha maneira é desdenhando – eu falo que é feio, que não estou nem aí, que já tive melhores, mas a história muda de figura quando o abraço, beijo e sinto o corpo dele sobre o meu. É não ter vergonha, de amar, chorar, sumir, gritar, se apaixonar, gozar e viver a louca vida. Agora claro, sabendo ter bom senso para poder discernir quando o cavalheiro de hoje na verdade é mais um babaca enrolador de amanha.

Ai como eu queria que frio na barriga fosse mero medo de montanha russa, que saudade representasse meus pais indo viajar, que paixão fosse pelo meu bichinho de pelúcia e que amor fosse pelos meus amigos....... Doce sonho.

domingo, 13 de junho de 2010

Dia de Santo Antônio.




Hoje é dia de Santo Antonio. Para os céticos nada demais, para os que já têm um amor, uma data especial porem para aqueles que querem encontrar alguém ou fazer com que a mais nova vítima se decida é uma data importante.
É no meu caso não me considero de toda desesperada, porem estou numa expectativa bem básica por uma decisão por parte daquele que vem ocupando os meus pensamentos há quase 20 dias. Tudo é muito recente, mas aqui entre nós, tinha uns dois anos que eu não encontrava alguém com tantas afinidades. Agora apesar de tudo não posso ser hipócrita em não fazer uma reflexão em cima dos meus erros do passado e também do que aprendo com outros relacionamentos afinal, a gente só consegue dar a uma pessoa aquilo que se tem.

O que os meus relacionamentos anteriores me ensinaram:
1- Que antes de qualquer pessoa, a minha vida é mais importante;
2- Que ligar 20 vezes ao dia afasta;
3- Que minha TPM pode ser a causa de uma briga boba;
4- Que se for pra namorar só por status é melhor ficar só;
5- Que tenho que aprender a controlar meu ciúmes;
6- Que família, no inicio da relação, atrapalha mais do que ajuda;
7- Que jamais devo desmarcar compromissos sociais em prol do namorado – meus amigos apareceram primeiro;
8- Que a minha ansiedade pode por tudo a perder;
9- Que não sou mulher de migalhas;
10- Que no fim de semana um cinema pode ser o melhor programa;
11- Que a saudade às vezes se faz necessária;
12- E que jamais devo deixar me menosprezarem, pois eu sou a pessoa mais importante que existe.

Terminada a reflexão, peço então a Santo Antonio para que entre no coração do meu escolhido e faça com que o mesmo sinta o quanto sou dele e para ele, e para quem está buscando um amor, nunca desistirem dessa busca, pois como já dizia a música: ´´ É impossível ser feliz sozinho. ´´

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entre tapas e tapas e quem sabe algum beijo.

Vou revelar um segredo
Que começa nos olhos
E acaba num beijo
Quem tem a faca e o queijo
Numa relação
É sempre aquele
Que pelo vestido sobe a mão
A mulher finge que escolhe
Mas na verdade é a escolhida
Hoje objeto de desejo
Amanhã não mais a preterida
E aí a esperança vira ferida doida
Como tatuagem ou carne viva
A lagrima cai, a dor se arrasta
A solidão se alastra de um jeito
Que o paraíso ficou imperfeito
Mas até que do nada surge
Aquele que te ilude
Aquele que te apresenta a total diferença
Vinda dum sorriso perfeito
Parece que num tem defeito
Mas na verdade tem.
Derrama outra lagrima
Afoga a derrota na cama
Diz pra todos: Ninguém me ama
De tudo reclama, com tudo faz drama
E no meio da chama volta a sorrir contente
Entre tapas e tapas crer que nada será diferente
Porem no meio do turbilhão
Um único beijo o deixa crente.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Carta para meu afilhado.



Hoje você me emocionou. Na verdade já tem um tempo que venho observando o seu crescimento e o mesmo, ao poucos, vem me tocando suavemente. Olhando as suas fotos vi o quanto está grande. É o meu bebe está um homenzinho formado e pelo que sei, cheio de personalidade.
Uma das fotos que mais me chamou a atenção foi a sua bebendo refrigerante. É, acho que não vai lembrar, mas seu primeiro guaraná fui eu que te dei, assim como com você dormindo em meus braços eu pude sentir essa maravilha que é ser mãe.
Oi madrinha. Desse jeito simples e doce tu me chamaste e aí veio o peso da palavra: MADRINHA. Mãe consagrada em Nossa Senhora. Palavra forte, sinônimo de mãe e aí me pergunto: será que eu, nas mazelas da vida, conseguirei cuidar de ti? Eu, que não tenho emprego, nem diploma nem nada, conseguiremos te dar algum exemplo, te passar algum ensinamento nessa vida? Tenho medo de falhar mais ainda nessa minha missão porem espero que Jamais me culpe por essa distancia. Não sou quem quis assim.
Como cresceu. Nem parece o meu garotinho que com todo amor carreguei no colo. Acho que mal consigo te segurar. E como falas hein? Verdadeiramente meu afilhado. Uma fala enrolada, atropelada, bem típica da idade, mas que já consegue se comunicar com o mundo perfeitamente e pode falar meu garoto. Prometo tentar desvendar suas palavras.
E então, o que acha de nos fazermos um trato? Espera eu começar a ganhar a dinheiro, a trabalhar para você poder crescer, pois agora infelizmente eu não posso te dar nada além do que tudo que está no meu coração, mas pra mim isso é pouco, não me basta. Quero ter como ir ao seu encontro, te segurar no colo, rolar no tapete da sala, te fazer cafuné e aprender contigo a doçura de ser criança outra vez.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Diga algo sobre o amor.....



Diga algo sobre o amor...
Um amor clandestino
Cantado e falado
Perdido e achado
Maluco, sem noção
Que te dá vários sins
Mas que te diga um não
Um amor no calor do momento
Com palavras ditas ao vento.
Diga com palavras doces
Sem a rispidez do dia a dia
Diga eu te amo como se fosse bom dia
E não diga a um amor
Diga a quem sem ama, a quem te acompanha
A quem te estende a mão
E depois de dizer tudo o que pensa
Jogue a sorte na mesa, desligue-se da ansiedade
Da vontade de ganhar um beijo
O premio dentro da alma prevalecerá
E assim se permita ir mas não fique a esperar.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

MEU NIVER.



Meu aniversario foi nessa semana e aí, como forma de me presentear resolvi fazer a releitura de uma musica do Legião Urbana - 29.
Então, parabéns pra mim.

Perdi vinte em vinte e três amores
Por conta do ciúmes em minhas mãos
Me aventurei morrendo vinte e três vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais.

Passei vinte e três dias num congresso
E vinte e três dias na confusão
E aos vinte e três com o retorno de um Sorriso
Decidi começar a viver.

Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.

E vinte e três anjos me saudaram
E tive vinte e três amores outra vez.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Felicidades Bom Amigo.



A distância pode separar duas mãos que se tocam, mas não duas almas amigas que se encontram.

Viveria uma eternidade para poder ter o prazer de novamente tomar um porre ao seu lado.

A vida pode ser curta porem, as descobertas que fazemos nela as torna imensa.

Trocaria minha veia poética pela tua magnitude em leva e viver a vida. Sem sombra de duvidas jogaria para o alto todos os meus textos se a mim fosse dada a tua sensibilidade.

E por fim: ...´´ Agüentaria não sem dor se morressem todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos. ´´

Felicidades nesse dia e nos outros que ainda estão por vir e parabéns por enfim ter realizado o seu maior sonho.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

50 anos de Brasília.


É né...... mas será que temos mesmo o que comemorar? Vai saber.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Segredos de Liquidificador.




´´ De todas as mulheres que eu tive, nenhuma fez a metade do que você fez. ´´
Comecei a semana ouvindo essa frase de um antigo rolo que tive. Nossa, minha estima inflou e vamos ser francas? Que mulher não gostaria de ouvir isso, ainda mais de alguém especial?

Na época em que ficamos, nem de longe eu era essa mulher que sou hoje. Beleza estou com o corpo maravilhoso porem, não é só isso. De dois anos pra cá me lasquei tanto que, a duras penas amadureci no aspecto geral e então posso-me considerar outra.

A conversa veio tomada por um mix de saudades, carinho, vontade em saber como está e claro, minha fase nostálgica que costuma anteceder meus aniversários. E aí, papo vai, papo vem, acabei recebendo uma boa proposta – de ir aliviar minhas tensões lá pras bandas de uma cidade fria em pleno Rio de Janeiro. Aposto que as minhas amigas vão dizer que já comecei a arrumar as malas. Pela primeira vez elas se enganarão feio. Vontade não me falta. Dinheiro eu dou um jeito. O xis da questão entra então em outro ponto, o de não ter superado completamente as magoas do passado.

Se entregar a qualquer aventura é muito bom, mas a entrega só é legal quando se tem o mesmo da outra parte. Não estou afirmando que esse ex rolo é infantil. Não mesmo, mas minha cabeça ainda não está cem por cento pronta para encarar uma velha – nova experiência assim, em tão pouco tempo, tendo em vista que a ultima que vez que arrumei as malas para esse sentido tem exatamente seis meses.

Relacionamento a distancia não dá certo e pra mim, um mais um dá sempre dois, não tem como ser um. Explicando bem – o que adianta se deslocar por horas a fio, ser dois durante alguns dias e voltar pra sua cidade só e nem vem, sei diferenciar amor de sexo perfeitamente (até porque se fosse pelo lado sexual já estaria lá). O lance então é saber que se eu cair em tentação e acabar pegando um avião é ter em mente sã e aberta que dali não passa.

O fato é o autor da frase citada foi não, é um cara que sempre, sempre mesmo vai ter um gostinho de quero mais. Nossa sintonia é perfeita, a química é um show e lógico, ele sabe o que dizer e como fazer muito bem. Só de nos olharmos sabemos o que outro deseja e ele sabe que apesar de ser meio insana, não seria louca de realizar suas vontades porem, ele também sabe que caso a gente se encontre, eu serei capaz de realizar todas as suas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando nem resfriado chega junto.



Você está numa fase ótima, àquela fase digna, com a qual sonhava há muito tempo. Na ultima virada do ano a sua maior promessa foi de reduzir os ponteiros na balança, ou seja, fechar a boca, deixar o chocolate e a cerveja de lado e claro, se matricular na academia.

Pois bem, além da academia, procurou uma nutricionista, uma endocrinologista, uma massagista e um terapeuta holístico. Acordava as 6 da madrugada cheia de disposição para malhar. Você, logo você que sonhava em ser uma tartaruga para poder andar devagar e viver duzentos anos indo suar a camisa numa esteira. É quem te viu e quem te vê. E a massagem? Delicia hein? Não se a sensação de ser uma massa de pão aumentasse cada vez que as mãos, pesadas, da massagista tocassem seu corpo. Ainda não está bom? Ok, o almoço de domingo foi substituído pelas idas ao verdurao mais próximo. Aí, depois de todo sacrifício, os ponteiros da balança começam enfim a despencar e seu corpo adquiriu formas satisfatórias, ao contrario do que estava antes – um botijão vestido com batas largas.

Segunda parte- Uma amiga pede emprestado para outra amiga um livro desses de alto ajuda que no fim, só alto ajudam o escritor e que você se recusa a ler porem, de tanto comentarem, sem querer absorve algumas dicas para se tornar uma Bond Girl. É esta no ponto certo para conhecer alguém interessante, só que não aparece ninguém, nem desinteressante e nessa hora vem à pergunta fatídica: Porque, depois de tantas mudanças eu ainda continuo só? Vai saber.

Quando o desespero, a insanidade mental começa a bater você abre a sua caixa de fotos ou o seu álbum mais antigo no Orkut e se depara com uma imagem sua bem redonda, a cara inchada, cheia de espinhas, mas com um baita sorriso. Em outra, você, com um vestido preto que não disfarçava a pneulandia está abraçada a um gatinho lindo que agarrou numa balada e na outra – essa é a mais triste, aquela blusa branca que encantou seu ex. É, nem era tão gorda assim. Ok era enorme, mas pelo menos ainda conseguia algum gatinho para passar o tempo e hoje é o tempo que passa e tu sozinha. No coments.

Apesar de termos fases boas nenhuma será perfeita e completa. Se tem dinheiro, suas amigas estão duras. Se está estudando, as melhores festas estão acontecendo. Se está gata, gostosa, no mínimo está solteira. No fundo, o que vale é se divertir, sair com os amigos, farrear, falar besteira e esperar que alguém, sei lá quem apareça para poder alegrar um pouco mais os dias.

domingo, 28 de março de 2010

A ficha caiu.




É a semana terminou. Muito bom, até porque, depois de quase cinco meses estudando sozinha, voltar a fazer cursinho não é algo muito fácil. Porem, não é sobre a minha semana que quero conversar. O papo hoje tem outro sentido e sabor – o da aprendizagem.

A minha ficha caiu. Na verdade, despencou do quarto andar e não foi necessário fazer muito. Sabe como é, mudança de postura. Sempre ouvi as pessoas próximas a mim desfilarem ladainhas nos meus ouvidos e, se estou dizendo isso, é porque coisas boas não foram. Querem um exemplo? Ouvi durante meses que eu estava cheinha. Legal e..... Bem, só fui fechar a boca quando eu realmente me olhei no espelho e percebi que no lugar do meu corpo havia uma bola. Nesse meio tempo, também descobri a diferença entre você e ouvir e escutar. Antes eu só ouvia e hoje, escuto.

Escutar é aprender ao mesmo tempo em que se ouve. Ouvir é literalmente entrar no canal auditivo. Não acrescenta muita coisa. A não ser claro, mais palavras ínfimas que perturbam a cabeça. Escutar requer atenção, tempo e disposição. É uma troca de informações e aí, depois de tanto escutar, parei para poder refletir e chegar a algumas conclusões.

Meus impulsos me dominavam, me faziam perder a razão. Se eu tinha que xingar, xingava gritar, gritava espernear por qualquer coisa, esperneava porem, o mundo começou a me virar as costas e ele viver sem mim é fácil, mas eu não vivo sem ele. Tive que então me adaptar.

A palavra empatia – você saber se colocar no lugar do outro entrou de mansinho no rol do meu Aurélio. Se fazer de vitima é fácil, mas se colocar no lugar do outro e entender o porquê do outro ser diferente, é complexo. Ultimamente tenho tentado entender o mundo ao meu redor e também tentado compreender algumas atitudes dos que por ventura me fazem mal. Só em relação ao amor é que continuo atrapalhada. Mas bem, posso errar um pouco né?

Por mais que eu esteja aprendendo e que a minha ficha tenha caído, o meu eu ainda é o mesmo. Sou sim, pavio curto, grossa, não gosto de dar satisfações sobre as minhas coisas, detesto quando entram no meu quarto na hora do sono, sou compulsiva por chocolate e carinho não é o meu forte como também odeio, simplesmente odeio ser interrompida quando estou escrevendo. Defeitos. Uns bons e outros nem tanto. Quem gostar de mim vai aceitar. Quem não feche a porta e se retire. Ninguém tem a obrigação de me aturar, mas eu tenho sim, obrigação de tolerar o mundo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Você me vira a cabeça.




Você me vira a cabeça
Me tira do sério
Destroi os planos que um dia eu fiz pra mim
Me faz pensar porque que a vida é assim
Eu sempre vou e volto pros teus braços
Você não me quer de verdade
No fundo eu sou tua vaidade
Eu vivo seguindo teus passos
Eu sempre estou presa em teus laços
É só você chamar
Que eu vou
Por que você não vai embora de vez
Por que não me liberta dessa paixão
Por quê?
Por que você não diz que não me quer mais
Por que não deixa livre o meu coração

Mas tem que me prender
Tem que seduzir
Só pra me deixar louca por você
Só pra ter alguem que vive sempre ao seu dispor
Por um segundo de amor

quarta-feira, 17 de março de 2010

Astro Rei.




Hoje, a alguns momentos atrás, entrou gostosamente pelas minhas narinas um cheiro. Logo de cara, não consegui identificá-lo, mas depois, consegui reconhecê-lo. Era cheiro de algo que lembrava a minha infância.

Larguei os livros por um instante e embarquei numa viagem para dentro de mim, embalada por cheiros, sons e sentimentos. Gostosa viagem, porem, quando cheguei ao meu coração , tive vontade de retornar a realidade. Por quê? Acho que nem preciso falar.

Meus textos estão redundantes, mas a minha vida é redundante. Nada de novo, nada de especial. Nenhum acontecimento espetacular. O máximo são algumas saídas com os amigos para espairecer a cabeça e uma confusão amorosa que se arrasta desde janeiro. As brigas familiares continuam, e na boa, não perco mais lagrimas á toa.

Minha mãe disse-me que eu quero ser sempre o centro das atenções e do universo, que acho que tudo roda no meu eixo. Parece que a pessoa que me colocou no mundo não me reconhece mais. Confesso e não nego que ultimamente estou sendo egoísta, pensando muito em mim. Os meus problemas, nesse momento, são os mais importantes e os piores afinal, já me preocupei muito com os outros. Faço sim, dentro dos meus limites, alguma coisa pelo próximo. Já me envolvi demais com problemas de terceiros e me dei mal. Agora, penso em mim. Quem quiser me ajudar, aceito. Só penso então que não me atrapalhe e nem tente desviar os meus focos.

O que eu queria agora não era ser forte e iluminada, o centro da terra como o sol. Era só poder ficar em casa o dia inteiro, lendo e dormindo, sem pensar em concursos, dores no joelho, brigas familiares, desgaste com a rotina. Nada disso. O máximo seria curtir uma fossa de amor ao som de uma boa musica.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Não comemore só um dia.




Comemorar. Boa piada viu? Dia 8 de março para mim é só mais uma data no calendário de festas ou não. Dia Internacional da Mulher. Quer coisa mais machista? Porque reservar um dia só no calendário para comemorar a dádiva divina, aquela que veio da costela de Adão. Será que é pelo fato de que muitas tiveram que morrer para podermos enfim sermos valorizadas? Ou é pelo fato de sermos tão especiais? Alguns ficaram com a primeira e outros com a segunda opção. Eu, particularmente, renego as duas.

Mulher. Se fossemos analisar profundamente a palavra veríamos o real sentido da mesma e de suas letras porem, só se lembram de nos na hora de sermos mãe, esposa, companheira dedicada ou amiga, pois no mercado de trabalho, infelizmente ainda ganhamos menos e somos discriminadas.

Ora, a sociedade é moderna certo? Pode até ser, mas no caso de ser mulher, a mesma ainda está na idade da pedra. Exemplo clássico disso é que se o homem vai para a cama com uma por semana é o garanhão. Agora se a mulher fica com um homem por mês (mudei até o tempo) é a vagabunda, a piranha, a rodada. Já ouvi homens dizerem que existem dois tipos de mulheres – as pra casar e as pra farrear. E aí me questiono se as vagabundas de hoje, ontem foram mulheres certas e assim deixaram de ser por causa desses mesmos homens que falam essas futilidades.

Ainda bem que não precisei queimar sutiã em praça publica, mas uma panela de arroz queimo com uma facilidade incrível. Até posso ser mulher, mas tenho mentalidade de homem para muitas coisas. Sou prática e pronto. Vai entender.

Então, esse diazinho medíocre que deram a duras penas para nós deveria ser estendido para todos os outros do calendário. Mulher que é mulher agüenta muito mais coisa do qualquer homem. Se tiver que lavar, lava. Passar, passa. Cozinhar, cozinha. Ter dez filhos, tem. Sustentar uma casa, sustenta. Aposto que poucos dariam conta dessa rotina. Aposto minha coleção de livros se algum aparecer.

Amo sim ser mulher porem, amo muito mais o fato de saber que eu fui gerada por uma e que para a seqüência da espécie humana, eu sou papel fundamental. Eu tenho o dom de gerar de outras vidas e isso pra mim, é sublime. Queimar sutiã foi necessário, reconheço, mas melhor do que tudo e mais importante, é saber que dentro de mim, cabe outro ser. Deus é sábio.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A Estudante.




A estudante estuda
Pega os livros, as anotações
Ler e reler
A estudante deseja viver
Viver um amor na sua plenitude.

A estudante no auge da juventude
Quer emagrecer, quer ficar atraente
Entre uma lição e outra
Um sonho inconsciente
A estudante estuda, estuda e estuda.

A estudante estuda para ocultar a dor
Da solidão que não vai embora
A estudante saiu da escola
A estudante só faz dever
E estuda, estuda para esquecer.

A estudante deseja amar, deseja amor
Entre um exercício e um problema
A estudante tem um dilema
A estudante não é mais menina
A estudante já está grande
E essa estudante espera encontrar
Fora dos livros
A inspiração necessária
Para encontrar um amante.

Poesia baseada na música Pierrot do Los Hermanos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lembrança de Formatura.




Hoje nos falamos. Tinha muito tempo que a gente não conversava como também tem uma data que não nos vemos. A gente entende que a vida é um caos, que a rotina é algo insuportável, porem, dentro do coração o nosso amor ainda é o mesmo.

Nossos caminhos foram opostos. Começamos a mesma caminhada, é fato, mas no meio de tudo, sem um que nem porque, eu simplesmente me dei conta que a razão era e fui à busca da tal. Confesso que algumas vezes me indago se fiz ou não coisa certa. Vai saber. Você, ao contrario de mim, persistiu firme e forte e pelo que te conheço, sei que fraquejou que teve vontade de desistir, mas não, você continuou firme e forte e venceu todas as batalhas para enfim, poder gozar da vitoria plena na guerra.

Eu, o que eu fiz? Até hoje posso dizer que nada de tão relevante. Sou escritora e oh.... Como se isso fosse me garantir algum futuro. Mudei de planos infindas vezes. Joguei sonhos para o alto, como deixei, por um tempo de sonhar. Ergui a cabeça fato e confesso, sei que terei que ergue-la muitas vezes. Não pegarei o meu diploma por agora, não verei o brilho de orgulho da minha mãe, mas no fundo, devo ter feito sim algo de bom e uma das foi a minha amizade contigo.

Somos jovens, extremamente jovens e creio que em algum momento, nossos destinos irão novamente se cruzar, seja num laboratório ou mesmo na Policia Federal. É, apesar dos rumos diferentes, temos sonhos parecidos, compartilhados varias vezes em nossas inúmeras cartas, e-mails, conversas no Gambar, telefonemas e festas. A vida se encarregou de nos separar e a mesma se encarregará de nos juntar.

Nesse momento, não usarei a beca junto a você, como também não estarei na aula da saudade. Você não me terá no seu álbum de formaturas, nos não brindaremos juntas a maior conquista de todas – o diploma de Biomédica como também não dançaremos abraçadas no baile. No meio dos livros dessa minha nova vida, meu pensamento estará no seu sucesso, pois tu minha melhor Biomédica, merece todo o sucesso do mundo e por tudo o que passamos lado a lado, pelos 2 anos maravilhosos que estivemos juntas, eu, ainda serei biomédica, ainda irei realizar esse nosso sonho, que você está realizando agora.

Parabéns.


''Mudaram as estações
nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim, tão diferente
Se lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
sem saber
que o pra sempre
sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar
o que ficou
Quando penso em alguém
só penso em você
E aí, então, estamos bem
Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar,
agora tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa.''

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Carta de uma jovem brasiliense.



Eu, estudante, de 22 anos, nascida e criada em Brasília, ando indignada com o que ouço, vejo e leio por aí. Todos sabem da onda de corrupção que atingiu a vigésima oitava estrelinha da bandeira da Republica Federativa do Brasil porem, o que anda me deixando triste não é a corrupção em si, mas as generalizações.

Quem nasceu no Distrito Federal, sempre conviveu com piadinhas, que iam desde a gozação com a maquina publica até a satirizarão com os monumentos, passando por denominações impróprias aos que aqui nasceram, residem e construíram. Sim, pois brasiliense é uma coisa, candango, é outra e calango, é um animal.

Não sou filha de ninguém. Não tenho parentes na política. Não possuo QI em nenhum órgão publico. Nunca almocei com o Presidente, como também não recebi pane tone no Natal. Meu sangue não é azul. É vermelho, da cor do barro do Planalto Central. Sou filha de carioca com nordestina e confesso muito mais nordestina do que carioca. Ostento com orgulho minha cabeça chata, minha testa grande, meu olho vivo e no meu almoço não pode faltar farinha. Minha família, como muitas residentes no Distrito Federal, veio de baixo e se hoje podem morar nessa Ilha da fantasia é porque por aqui muito ralaram, sem peixada, no maximo, com uma peixeira.

Vivo bem é fato. Desconheço a palavra trabalho duro, mas reconheço com amor aqueles que deram suas vidas por essa Terra e que hoje, são tachados de bandidos. Bandido de verdade usa terno, gravata, trabalha duas vezes por semana, ganha o que oitenta por cento da população jamais vai ganhar, desfila de carro preto com motorista, recolhe imposto até de feirante, mora na Península dos Ministros, em Águas Claras ou na Granja do Torto. Bandido aqui, em sua grande maioria não nasceu aqui. Veio para cá por força maior, ou seja, tiveram escolha e eu não. EU fui parida no Cerrado e como filha de um pedaço sem leis, as exijo para ontem.

Já levantei muita bandeira. Já participei de inúmeras passeatas, dormi em barraca durante infindas noites nos mais diversos congressos do Movimento Estudantil. Lutei pela queda da DRU e pelo aumento do PIB para a Educação. Já passei frio e fome mesmo sem precisar e tudo isso porque ainda acredito no meu País. Se precisar, pinto a cara, amarro a minha bandeira verde e amarela nas costas e saio em rumo a Praça dos Três Poderes pedindo justiça aos injustos, independente de ser de esquerda como sou, o meu maior lado é contra a bandalheira, contra ao mensalão.

Peço então que além de prenderem as laranjas podres, respeitem o Povo Brasiliense. Não julguem o todo. Julguem as partes. Não generalizem os honestos, os probos, os justos. Falar que TODO Brasiliense é ladrão, é a mesma coisa que dizer que todo nordestino é pobre, que todo paulista é barrista, que no Norte só tem índio e no Sul, só galego. Ofender o brasiliense é ofender o Brasil, pois aqui, encontram-se todos os povos, raças e culturas, reunidas há quase cinqüenta anos.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O momento e a hora.



Já andei por muitos lugares. Desbravei segredos incríveis. Mergulhei á fundo em situações jamais imaginadas. Abracei pessoas dignas, derramei lágrimas quando realmente não podia e fui forte quando não precisava ser. Olhei para o céu, contei estrelas, admirei a claridade da lua entrando pela janela do meu quarto e enquanto isso acontecia, fui montando a minha armadura metálica para poder vesti-la nos momentos oportunos, tal qual uma fantasia usada num bloco carnavalesco.

Pulei etapas. Virei adulta muito cedo, quando o néctar da adolescência ainda se fazia presente. Deixe levar-me e confesso: não sabia para onde. Não possuía bussola, mapa, relógio do sol, rosa dos ventos. Nada. O que tinha era só o desejo – carnal, espiritual, mental, mas virei adulta sem alicerces, sem conseguir muitas vezes distinguir o certo do errado nas horas mais complexas. Aí, como num ato de defesa e irresponsabilidade voltava a ser criança, porem, com cobranças exageradas.

Não passei o carnaval em Salvador. Não desfilei pela minha escola de samba. Não assisti a todos os jogos do Timão. Não matei muitas aulas no colégio. Não tomei todos os banhos de cachoeira que queria. Não desci varias vezes de Rapel. Não disse Eu Te Amo para quem realmente amo, como também não consegui me despedir em despedidas necessárias. Em varias coisas, ainda tenho tempo. Em outras, o amadurecimento precário roubaram-me a chance.

Tento ser forte em varias horas porem, tem horas que não dá. Eu necessito, assim como respirar, colocar a minha roupa de açúcar, meu sapato de nuvem, minha maquiagem de neve, pegar meu cobertor de lamurias, meu travesseiro de mágoas, meu urso de solidão, trancar-me num lugar ermo e refletir, refletir por horas, para tentar encontrar alguma solução.

Em certas ocasiões, protelei resoluções até o limite do bom senso. Em outras, tentei resolver em questão de horas. Fracasso declarado em ambos os casos. Aprendi nessas e em varias outras, como também aprendi que um ressentimento de quatro anos e seis meses não será resolvido em quatro meses e cinco dias. Levará mais um tempo e cabe a mim, ser inteligente e esperar.

Meu momento e a minha hora são relativos. Agora por exemplo, preciso de um abraço. Amanha, pode ser um beijo. Depois, um sorriso. Daqui a um mês, esquecer de alguém. Daqui a dois meses, comemorar meu aniversario. Daqui a um ano, viajar. Daqui a dezoito meses, começar a trabalhar e por aí vai. Mas o que eu mais quero no fim é não ter mais que pular mais etapas e nem usar mascaras. Se for para pular, que seja carnaval e se for para usar mascaras que sejam venezianas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O blog no ritmo dos ritimistas.




Chegou o carnaval. Época de roupa curta musica alta, cerveja gelada. Época de se despir dos pudores, de beijar quem tem vontade, de cair na farra até alta madrugada.

Quem me conhece sabe o quanto eu adoro essa festa. Pra mim carnaval é muito melhor que virada de ano, páscoa e festa junina. A magia contagia até aqueles que dizem não gostar.

Já pulei muito. Já enchi muito a cara, já fiz certas extravagâncias carnavalescas porem, como tenho estudado muito, o tempo para cair na gandaia está digamos, escasso e confesso que o pique também anda em baixo.

Mas, o carnaval só acaba na quarta feira de cinzas, sendo que até lá, tiro a minha fantasia do armário, ponho uma bela maquiagem, compro uma latinha de cerveja e pronto, permito-me um pouco de diversão.

Para aqueles então que seguem o som de qualquer batucada, uma excelente festa e como não somos crianças, não custa nada lembrar: camisinha no bolso. A minha já está separada, mas duvido que seja usada.

Vou beijar – te agora. Não me leve a mal. Hoje é carnaval.

Eu mato. Eu mato. Quem roubou minha cueca pra fazer pano de prato. Minha cueca tava lavada. Foi um presente que eu ganhei da namorada.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Nunca perca a fé em Deus.



Ontem fui a um jantar com duas amigas. Programinha light, bom para concurseira. Enquanto conversávamos, riamos e saboreávamos um delicioso pernil, alguns DVDs foram colocados. Bom, quem me conhece sabe que sou movida a boa musica e assim, me pus a observar o show do sambista Diogo Nogueira. Lá pelas tantas do espetáculo, delirei com uma música. Era o que eu precisava ouvir nesse momento tão delicado.
Minha vidinha esta digamos, conturbada. Não, dessa vez não é nenhum caso de amor mal resolvido, muito menos alguma viagem frustrada ou alguma briga com os amigos. O buraco é bem mais embaixo. Sabe quando você necessita de algo para te fortalecer? Pois é, uma canção mostrou-me muita coisa e ajudou-me a renovar a minha tão humilde fé.
Nas adversidades da vida, o que importa no fim, é acreditar que vai dar certo e saber que Deus, olha por nós de uma maneira única.

Deixo aqui então a musica.

Fé em Deus.

A Luta está dificil, mas não posso desistir.
Depois da tempestade, flores voltam a surgir
Mas quando a tempestade demora a passar
A vida até parece fora do lugar
Não perca a fé em Deus
Fé em Deus que tudo irá se acertar
Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus
Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou o amor
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a Fe em Deus
Pra quem sempre sofreu hoje em dia é feliz
Fé em Deus
Pra quem não alcançou tudo que sempre quis
Fé em Deus
Pra quem ama, respeita e crê
E pra aquele que paga pra ver
Tenha fé, vá na fé, nunca perca a fé em Deus.
Aquilo que não mata, só nós faz fortalecer
Vivendo, aprendi que é só fazer por merecer
E passo a passo um dia a gente chega lá
Pois não existe mal que não possa acabar
Não perca a Fé em Deus, fé em Deus
Que tudo irá se acertar
Pois o sol de um novo dia vai brilhar
E essa luz vai refletir na nossa estrada
Clareando de uma vez a caminhada
que nos levará direto ao apogeu
Tenha fé, nunca perca a fé em Deus
Pra quem acha que a vida não tem esperança
Fé em Deus
Pra quem estende a mão e ajuda a criança
Fé em Deus
Pra quem acha que o mundo acabou
Pra quem não encontrou o amor
Tenha fé, vá na fé
Nunca perca a fe em Deus

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Uma menina em mim.



Sou um pouco de tudo
De um pouco de tudo
Tenho em mim
Sou o começo, o meio e o fim.
Sou o sorriso de amiga
A amante louca
Um desejado beijo na boca
Sou fogo e sou água
Sou alegria e magoa
Sou uma contradição
Um ser contraditório
Que vive com o coração
Doido, varando num sanatório.
Sou a irmã dedicada
A filha amada
A namorada sempre desejada
Sou a estudante apressada
A concurseira nervosa
Sou verso, poesia e prosa.
Sou a menina com brigadeiro
Sou um sorriso fuleiro
Sou farra, festa e cantada barata.
Sou a madrugada com a luz apagada
Tento saber enfim quem sou
Se sou paixão ou amor
Porem me leva a crer
Que essa indagação
Não terá uma resposta certa
A porta da duvida sempre estará aberta
Vou morrer sem saber
O porquê de ser essa mudança constante
E como não fosse o bastante
Luto por ser alérgica ao comodismo
Ao absolutismo do agora ou nunca.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Surto de uma mulher moderna.






Estava aqui pensando – se bem que é só isso que faço ultimamente, que diabos passaram pela cabeça de centena de infelizes quando resolveram queimar sutiã em praça publica? O que esses seres humanos chamados de mulheres revolucionarias conseguiu com isso hein? A resposta é muito simples: a porcaria da escravidão feminina. Lindo. Libertamos-nos de maridos tiranos, de pais autoritários, de uma penca de filhos para cuidar para entrarmos na era da modernização, do mercado de trabalho e afins.

Antes, a vida se resumia as gostosas conversas no quintal, a educação dos filhos, a preparar o jantar do maridão, a trocar confidencias com as vizinhas sobre dicas de limpeza, a conversar com a nossa mãe, a ir à missa dia de domingo. E hoje? Ah, o hoje é muito mais complexo. Estou cheia de ouvir frases do tipo: Vamos estudar porque casar está difícil. Claro que está difícil, ou será que você, mulher moderna, quer casar com um cara que ganhe menos que você? Poupe-me a resposta ok?

Confesso: não sei lavar uma louça, arrumar uma cama, varrer uma casa. O máximo que faço é me arriscar nos fogões, mas nada do trivial. O trivial eu deixo para as mulheres mais velhas de minha casa. Vergonha? Nem um pouco. Esqueceu que sou moderna? Pois é, mulher moderna tem que saber dirigir, mexer em computador, ter cinco celulares, um page, um note book e mais um serie de apetrechos, que não incluem rodos, vassouras, panos de prato e panelas.

Meus estudos foram nas melhores escolas, da minha época claro. Aos onze anos eu excelente em vários esportes, porem, não tinha a mínima noção de como se trocava uma frauda. Aí, fui crescendo sempre com a mesma visão machista, digo machista, pois meu amado pai ensinou-me desde nova: o melhor marido de uma mulher é um bom emprego. E o sonho de me casar? Será que ficarei pra titia? Oh mundo cruel.

De uns tempos pra cá, entendi o real sentido da vida: Money. Sim, em inglês mesmo, afinal, se eu só souber o português, sou considerada analfabeta. Comecei então, a estudar para concursos públicos. Tudo muito lindo, se não fosse o fato de ver os ponteiros da balança subirem de cinqüenta a cem numa velocidade imensa. Sem contar nas espinhas que parecem mutantes, das costas corcundas, das varizes e hemorróidas por ficar tanto tempo sentada. Aí, como se não bastasse, vem o estresse, a depressão, a compulsão por chocolate e a carência afetiva. Quero ver se a minha avó Dona Maria do Carmo sabia o significado de estafa. Responde vó.

Chega, definitivamente não dá mais. Por mais que eu estude, minhas notas batem na trave. Se isso fosse um jogo de futebol, me renderia belas pernas, porem, como é uma disputa por emprego e não um jogo de futebol, alem de eu ficar toda doida por tanto tempo na mesma posição, as minhas pernas estão que nem as da Dercy Gonçalves. Sem comentários né?

E namorar? Boa piada. Isso é artigo de luxo, ou no meu caso, motivo para ladainhas nos meus ouvidos. Meu pai insiste em falar: estudo e namoro não combinam. Poxa pai, pega leve. Além deu estar parecendo uma baleia, com a cara de morango, as olheiras de um defunto ainda tenho que ser sozinha? E o meu sonho de ter filhos, como é que fica? Já sei delicado do jeito que o senhor é no mínimo vai dizer pra eu fazer inseminação artificial.

Renuncio a tudo. Cansei de ser escrava, de ser a melhor. Minha rotina de mulher chique está pedindo um tempo. Não dá, não dá mesmo. Imagina ter que ser linda, com a pele macia, o corpo em dia, a academia nos trinques, o cabelo impecável, o sorriso de propaganda de pasta de dente, ter bom humor, ter filhos educados, uma casa limpa e arrumada e um marido com noites de sexo garantida. É melhor criar uma maquina. Ela sim, daria conta de tudo.

No fundo, minha avó que era mulher de sorte, afinal, quando a raiva pela rotina batia, ela não precisava queimar sutiã em praça publica. Era só queimar as cuecas do velho e tudo se resolvia ou se não melhor, era só ameaçar: Vou voltar para casa da minha mãe, que tudo, em segundo dava-se um jeito.

Pra mim, essas feministas eram mulheres frustadas, que não tinham mais o que fazer que não conseguiram nada na vida e quiseram pelo menos um titulo. E ah, sem essa porcaria de dia internacional da mulher. Isso é machismo. A mulher atual merece todos os dias para ela, ou se não, pelo menos todas as tardes livres para fazer compras e detalhe: com o seu cartão de credito afinal, marido nem pra isso serve mais e quando se tem um, fato.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Diversidade, variedade e afins........num relacionamento.






Estava eu a tagarelar com um bom amigo quando o mesmo me pos a contar sobre seu novo relacionamento amoroso. Sua empolgação era visível e como o mesmo é desejado por nove entre dez garotas de nossa idade, achei então que a felizarda tinha essa faixa etária porem, veio-me a surpresa, para não dizer o espanto quando disse que ela estava com trinta e quatro anos, ou seja, doze a mais que ele. Confesso que sempre fui incrédula com essas relações, pois no meu machismo interior, o homem tem que ser mais velho que a mulher. Acho que, por sempre buscar a estabilidade e a racionalidade, meus conceitos eram pregados de forma fervorosa, chegando até a ouvir criticas.

Pois bem, da mesma forma que creio que o destino, pregou uma peça nesse meu amigo, o mesmo deu-me uma rasteira que me deixou com as duas pernas pro ar e a cabeça longe. Sim, provei o abraço de um homem mais novo. Desejei os lábios macios e sedentos daquele que tem pouco mais idade do que minha prima. Aconcheguei-me em um busto forte e viril, bem típico da idade. Passeei os dedos por uma face lisa, branda e tênue.

Durante varias madrugadas, chinguei-me de louca, maluca, irracional. Culpei-me por permitir-me a isso. Fui apunhalada pelas costas por minhas teorias e teses. Logo eu e porque eu? Já não estou mais na fase de contos de fadas. Sei que não adianta sonhar com um príncipe, pois o mesmo não vem. E então? O que fazer ou não fazer?
E se ele trocar-me por uma garota de sua idade, com a pele tão jovem quanto a sua? E em relação ao sexo, eu devo expor os meus desejos ou deixo que ele perceba que quero a sua carne junto á minha? E se acontecer de me entregar, digo o que gosto, conduzo suas mãos, boca e sentidos ao meu bel prazer, deixou fluir ou tento aprender aquilo que não sei? Ligo, mando mensagem ou o esqueço?

O fato é que, qualquer experiência vem para acrescentar. Possuo uma ânsia para as coisas acontecerem porem, vejo que não é bem assim, com eu gostaria. A musica que toca é outra, bem diferente daquela escutada por mim desde os quinze anos. Passar pela vida aprendendo. Essa é a única ex plicação para tal acontecimento.

Não estou então, com os ouvidos apurados. Outros sentidos bastam-me por enquanto. Os pés estão firmes, as mãos sempre ocupadas, o cérebro raciocinando a uma velocidade infinda, mas confesso e não nego que o arrepio vem da primeira a ultima vértebra, fazendo-me romper a barreira do preconceito e indo lentamente.

Viva. Viva sem esperar o amanha, sem ouvir criticas, sem esperar a concretização de algo grande. O melhor, são as coisas pequenas, como um convite a embarcar em algo jamais visto e sentido. Experimente uma boca macia, um corpo sedento por orgasmos, um olhar que dispa a sua roupa sem nada mais a fazer. Razão? Essa palavra não deve existir. O dever então, é o da entrega, da verdadeira entrega, podendo durar um tempo ínfimo, mas que servirá de lembranças para os sonhos mais secretos durante um longo período.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Para começar o papo nesse novo ano.



Voltei de viagem. Sensação boa poder chegar a casa, entrar no meu quarto e reconhecer cada cantinho e cada coisinha. Delicia viu? Quem me conhece sabe o quanto eu amo arrumar as malas e rumar para qualquer lugar, nem que seja próximo de casa. Sei lá, só o fato de não ter horário pra nada, me leva a uma liberdade pouco reconhecida na minha louca e insana rotina de estudos.

Já comecei o ano de uma maneira única, como também terminei o passado de um jeito bastante Luciana de ser: dançando em cima de um trio elétrico com duas amigas. Adorei, ainda mais porque eu estava linda, com um belo vestido e um astral ótimo. A única coisa ruim é que não estava perto de varias pessoas importantes em minha vida, porem, sei que em sua grande maioria as terei por perto.

Nessa virada, pela primeira vez não mandei mensagem para meio mundo de pessoas, não liguei para outra metade, como também não fiz nenhum ritual. Sem parecer pregador ou carola, mas meu ritual se resumiu a crer em Deus. Se nele eu confiar, nada me faltara nesse mundo porem, confesso que não sou contra as simpatias, até porque já usei muita calcinha rosa nova para tentar arrumar namorado e em relação às pessoas, aquelas que eu amo sabem disso então, tá tudo bem e tudo certo.

Nos últimos dias desse ano que passou, resolvi excluir algumas pessoas que na boa, não tem o porquê continuarem comigo. São resquícios de um passado do qual sinceramente eu não tenho a mínima saudade. Foi que nem a frase que eu li num livro - ´´ Não adianta pensar no passado, no que devia ou não ter sido feito. O futuro é uma escada que esta aí para ser subida. ´´ Porem outras, foram tão importantes que o meu desejo de ter ao meu lado é infindo. Ciclo natural das coisas e das pessoas. Eu não entendo e tenho certeza que poucos entendem.

Mas enfim, apesar do ônibus ter quebrado na volta para casa, das minhas costas estarem moídas por causa do peso da bagagem, do meu pobre joelho estar em frangalhos por causa das longas caminhadas e dos forros dançados, o início esta sendo gostoso e leve, afinal, acordar no primeiro dia do ano numa cidadezinha do interior, com cheirinho de café novinho é certamente, um presente de Deus e um privilégio para poucos. A tão sonhada simplicidade dos momentos veio-me como uma luva e uma benção. Foi à transformação do cansaço em alivio, da dor em alegria, das lagrimas em um sorriso puro e singelo. Simples e delicioso como acredito que tudo tem que ser.

Dominou geral
Sacudiu a praça
Venha que o som é massa
Rock de timbau
Groove de cabaça
E a galera embala

Dominou geral
Sacudiu a praça
Venha que o som é massa
Rock de timbau
Groove de cabaça
E a galera embala

Tem que ter
Bola na rede pra dizer que é gol
Vem dizer
A todo mundo que no nosso amor
Tem que ter
Uma balada pra gente dançar, ah, ah

Extravasa
Libera e joga tudo pro ar
Eu quero ser feliz antes de mais nada
Extravasa
Libera e joga tudo pro ar, ar, ar, ar, ar, ar, ar (bis)

Dominou geral
Sacudiu a praça
Venha que o som é massa
Rock de timbau
Groove de cabaça
E a galera embala

Tem que ter
Bola na rede pra dizer que é gol
Vem dizer
A todo mundo que no nosso amor
Tem que ter
Uma balada pra gente dançar, ah, ah

Extravasa
Libera e joga tudo pro ar
Eu quero ser feliz antes de mais nada
Extravasa
Libera e joga tudo pro ar, ar, ar, ar, ar, ar, ar, ar


O entusiasmo no movimento
A atividade na balada
Mais veloz que o vento
Cheio dito na idéia do meu papo reto
Aumenta o som e dance quando tiver por perto
Chega de problema quero solução
Ô cale a boca, escute a voz que vem do coração
Radicalizando mas com limite
Hoje é dia de extravasar, meu irmão

Tem que ter
Bola na rede pra dizer que é gol
Vem dizer
A todo mundo que no nosso amor
Tem que ter
Uma balada pra gente dançar, ah, ah, ah

Extravasa
Libera e joga tudo pro ar
Eu quero ser feliz antes de mais nada
Extravasa (ê)
Libera e joga tudo pro ar, ar, ar, ar, ar, ar, ar

Para começar o papo nesse novo ano.