segunda-feira, 11 de maio de 2009

É a dura verdade.



















Saudade - Fernando Pessoa.
´´Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe...... nos e-mails trocados. Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens.... Aí os dias vão passar, meses...anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo.... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas? Diremos... Que eram nossos amigos. E...... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo..... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo : não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades.... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Superar o insuperável.



A medicina pode ter inventado remédio para todas as dores, porém, em matéria de problemas da alma, a mesma continua na Idade da Pedra. Quantas vezes achei, na minha sanidade que eu tinha superado vários problemas ou até mesmo curado várias dores. Juro de pés juntos que eu conseguia essa proeza, mas com o rumar de certas coisas percebi que infelizmente era só balela da minha parte.

Taquicardia, mãos tremulas, olhar paralisado, coração apertado. Olho sem querer no calendário. Olho mais uma vez e não acredito. No fundo, não quero acreditar. Um ano, exatamente um ano se passou de toda u ma loucura que vivi. Loucura sadia, proveitosa, para não dizer maravilhosa, mas foi uma loucura. Até hoje, quando me deito e o sono demora a chegar, me pego pensando e a angustia invade sem querer. Maio e junho de 2008. Os meses mais loucos dos últimos cinco anos. Meses que posso falar que valeram mais do que cinco anos. Meses que para mim, representaram uma vida.

Tenho mantido os meus pés fincados na terra. Durante um tempo sei que não vou conseguir voar vôos tão altos. No máximo, andar de ônibus a uma velocidade assustadora no transito caótico da minha cidade. Aprendi a ter a cabeça no lugar. Minto. Aprendi a ter o coração no lugar certo. Não me deixo mais levar pelo impulso. Chega uma hora que o impulso é tão forte que acaba indo e voltando para o mesmo lugar. Como se fosse um balanço.

Não tenho fotos para me agarrar. Não gravei as musicas que tocaram. Não consigo esboçar o mesmo sorriso. Não ando mais com o caminhar leve, com o rosto de uma criança. O que tenho são flashes que passam na minha memória como se fosse um filme. Um filme colorido, repleto de cenas incríveis e que teve sim, o seu final feliz.

Se me perguntarem se hoje eu amaria sem receber nada em troca, digo que sim, porém, se me perguntarem se eu largaria tudo o que tenho para viver um amor ou uma paixão, digo que não. Que não tenho mais esse animo esse desejo incontrolável por aventura. Se me indagasse sobre algum arrependimento, diria que nenhum e se caso ainda quisessem saber se faria de novo, responderia talvez.

A verdade é que em nenhum momento menti. Fui o mais verdadeira possível, dentro das minhas possibilidades. O amor morreu. A paixão foi enterrada. As amizades continuam, com seu distanciamento, mas continuam. A certeza? Essa realmente eu não sei, pois durante muito tempo estive certa de que eu realmente tinha superado, mas vi que existem coisas que só esquecemos.... elas sempre estaram ali oh, esperando uma brecha para voltarem a tona. Brecha essa, que vai depender da vontade sublime de deixar ou não e no meu caso, eu deixei.

domingo, 10 de maio de 2009

A música já diz tudo.

Grilos - Marina Machado.

Se você passar daquela porta
Você vai ver
Como é que são as coisas
Como é que estão as coisas
Sei que o mundo pesa muitos quilos
Não me leve a mal se eu lhe pedir
Para cortar os grilos
Guardar os grilos
Aí, então, você vai se convencer
Que se o mundo pesa
Não vai ser de reza
Que você vai viver
Descanse um pouco
E amanheça aqui comigo
Sou seu amigo, você vai ver
Sou seu amigo, você vai ver.

sábado, 9 de maio de 2009

Dia das mães.



Algumas vezes tento encontrar alguma explicação para as coisas que me cercam. Rodo, rodo, rodo e acabo caindo sempre no mesmo lugar, ou seja, sem nenhuma resposta e então deixo a seguinte pergunta pairar no ar: alguém, por favor, pode me explicar o significado ser mãe?
MAE: três letras que compõe a palavra mais doce e mais especial do mundo. Só tem letrinhas, como a palavra AMOR. Acho que no fundo, as duas se relacionam entre si. As duas, tem algo de mágico, de especial, de não ter um porque ser explicado.

Todos os dias me imagino sendo mãe mas não uma mãe qualquer, uma mãe zelosa, companheira, amiga. Aquela mãe que leva e busca nas festinhas, que faz brigadeiro de colher, que leva ao parque de diversões, que fica acordada até tarde ajudando a estudar para uma prova. Aquela mãe que vai dá colo quando sofrer a primeira desilusão amorosa, que fará planos de viagens inesquecíveis, mesmo que fiquem só no sonho. Quero ser mãe para poder me orgulhar dos meus filhos e quando me perguntarem o que eu faço da vida eu responda antes de qualquer coisa que sou mãe profissional e que isso me supra todas as faltas da vida.

Uma vez, inventei de fazer cálculos para saber quanto eu precisava ganhar para poder dá uma vida digna aos meus filhos e o resultado foi assustador, para não falar em desastroso porém me acalmei e vi que tinha que partir de algum ponto e o mesmo foi iniciado. Tenho estudado muito só para poder realizar o sonho de ser MÃE.

Não raro, imagino a Alice e o Marco Antônio correndo pelo chão da minha casa, me chamando para levá-los a piscina, a lanchonete. Não raro também, quando vou ao shopping, me vejo em frente a lojas de produtos infantis, imaginando o Tonico com uma roupinha do coringão e a Alicinha com um vestidinho rosa choque, feito uma princesa. É nesse momento que esqueço de todos os meus sonhos e me ponho a batalhar pelo maior de todos: ser mãe.

Que Deus me tire tudo mas que não me impeça de ser mãe. Que eu perca toda a riqueza que adquiri mas que não perca a minha saúde e nem a minha vontade de batalhar. Que eu possa ficar só no mundo mas se eu tiver meus filhos, sei que sempre estarei amparada. Acredito nisso. Como também acredito que logo passarei o segundo domingo de maio abraçada aos meus filhos e ouvindo a doce palavra: Mamãe.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Dançar em qualquer lugar.



Quer me tirar um sorriso?
Quer fazer com que eu me apaixone?
Quer que eu largue boas horas de estudos?
Quer que eu finja que o mundo não exista?
É simples, tão simples...
Basta-me dá a dança.
Um giro, um rebolado
Uma simples condução.
É simples.
Não tem mistério.
É só tocar um ritmo
Que eu saiba dançar
Simples, tão simples
Quem não sei onde posso parar.
Dançar....................